O que é Python? – Parte 3: Quando surgiu o Python?

Primeiramente, vou tentar resumir a história do Python, uma vez que essa linguagem é um tanto antiga.

A Linguagem Python foi concebida no fim dos anos 80, pelo matemático Guido van Rossum, enquanto ele trabalhada na CWI (Centrum Wiskunde & Informatica, Centro de Matemática e Ciência da Computação) em Amsterdã, Holanda. Ele trabalhava no desenvolvimento da linguagem ABC, mas com o fim da linguagem, Guido foi transferido para um outro grupo que trabalhava em um sistema operacional chamado Amoeba. Percebeu então que precisava de uma linguagem para escrever programas intermediários, algo entre o C e o Shell Script.

Em 1989 a linguagem Python teve seu início, tendo como base a linguagem ABC e em 1990 já possuía uma versão mínima e operacional, sendo que no final daquele ano, Python já seria mais utilizada que a linguagem ABC no CWI.

Em março de 1993 surgiu a primeira comunidade Python e em 1994 a comunidade, com medo da linguagem Python sumir, pois até então era mantida por “um homem só”, decidiram que era necessário criar uma organização responsável pelo Python.

Entre 1995, com a ida de Guido para a CNRI nos Estados Unidos e 2000 a linguagem recebeu muitos apoiadores e tento várias versões até chegar a versão 2.0 lançada em outubro de 2000, sendo que agora já havia evoluído significativamente. Criado o PythonLabs, que inicialmente nasceu dentro da BeOpen e depois migrou para Digital Creations, que mudou de nome para Zope.

Em 2001 foi criada a Python Software Foundation, uma organização sem fins lucrativos constituída por membros da equipe de desenvolvimento dá época e por Eric Raymond. Desde então, a PSF tem diversos patrocinadores, entre eles Google, Globo, Microsoft, Red Hat, Canonical entre outros.

Em dezembro/2008 é lançada a versão 3 do Python, mas ainda manteve muitos adeptos na versão 2, tanto que é possível trabalhar até hoje com a versão 3 (3.7.2 é a última versão na data de hoje) como na versão 2 (2.7.16), apesar desta última não ser mais recomendada para novos projetos.

Mas a pergunta que fica, é se você é das antigas, porque demorou tanto para ouvir falar de Python, pelo menos no Brasil?

Quando comecei meus estudos em TI em 1993 (sim, sou meio dinossauro já, não ria), ainda tinha pouco contato com linguagens de programação, ainda nem sabia o que era isso, mas tive um curso de DBase III Plus (algo parecido com Clipper). Na faculdade (1997-2000), nunca ouvi falar de Python, usávamos Pascal, Clipper, Delphi e VB, mas Python… nunca nem mencionado era.

Na prática, Python ganhou destaque nos últimos anos com o advento e o crescimento dos conceitos de Big Data e da Ciência de Dados, dada a necessidade de ferramentas de análise de dados. Python, por ser uma linguagem matemática, possui muitas bibliotecas prontas que facilitam cálculos matemáticos e estatísticos, muito utilizado em Ciência de Dados. Além disso, é uma linguagem com tempo de aprendizado muito rápido, o que facilita o aprendizado por pessoas que não são “nativamente” programadoras, como analistas de negócio, estatísticos, matemáticos, entre outros profissionais que acabam se aventurando em análise de dados.

Alguns podem até contestar, mas sem dúvida o grande crescimento do Python se deve ao Big Data, que exigiu novas ferramentas para transformar os dados em conhecimento. Óbvio, depois do Big Data, vem análise de dados e o movimento mais recente, Machine Learning, tudo suportado por Python.

A comunidade fica cada vez maior ao redor do mundo e essa cria cada vez mais bibliotecas e melhora as já existentes e isso certamente aumenta a visibilidade desta linguagem e talvez seja por isso que você não tinha ouvido falar dela antes.

E aí? Ficou interessado em aprender mais sobre Python? Quer iniciar nessa jornada e aprender a programar em Python?

Então continua comigo, pois vou apresentar o caminho que você pode seguir para aprender mais sobre essa linguagem.

Se ainda não está convencido, então continue também, que vou te trazer alguns bons argumentos para você aprender Python ainda este ano no próximo artigo.

Até a próxima!

Deixe seu comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.